sexta-feira, 12 de abril de 2013

Livros. Palavras. Músicas e Minhas Loucuras Escritas. Terrível Mês de Janeiro.

Estou me atirando, me trancando em livros, em palavras... São refúgios...
Estes pensamentos ruins, agorentos ainda estão em mim, como manchas de sangue no tapete branco da sala, misturados com medos e coisas não ditas...
Já não sei dizer ao certo como são meus dias sem essas drogas, apenas não vivo, não existo, não escrevo...
Quando quero sumir um pouco de ti, não de ti inteiramente, mas sim daquilo que eu não posso apagar, aquilo que me fez escrever essas palavras estranhas para você que nem sei se irá ler, neste meu livro não publicado.
Tenho medo, dor, raiva e tristeza, que se confundem com a alegria de te ver, meus pulmões dançam quando respiro o mesmo ar que você e eu só quero que você respire comigo, da mesma fonte.

Livros. Palavras. Músicas e Minhas Loucuras Escritas.

Naqueles dias difícieis, que me fizeram compor pra ti, ou para me fazer te sentir aqui, são datas ruins... Não gosto mais de números, não gosto de datas, mas aquelas que me fizeram mal ficaram em mim e talvez ficarão até eu lembrar o dia do aniversário de cada uma.
E em cada palavra existente nas coisas que coloquei aqui, dei um pouco de mim, do meu coração e rezei para chamar a sua atenção para mim, naquele mês triste de janeiro.
Tu, não percebestes... Não vistes o quanto dei-me para ti, o quanto sofri... O quanto esperei por ti.
Renovei minhas forças, tentei te oferecer tudo aquilo que você queria e eu não dei, mas meus desejos de Boa noite, já não eram correspondidos por ti.
Pedi para toda força do Universo te levar a mim, como a gravidade que nos faz cair ao chão, eu queria que você se encontrasse em mim.
Eu sofri, tive medo por ti, rezei para você dormir enquanto eu não dormi, esperei aquele seu "Eu te amo", e quando não havia nada, nenhum sinal teu, eu imaginava teu quarto, teu céu, teus olhos e triste dizia em pensamento: "Boa Noite, durma bem meu amor!".
Por vários dias eu vivi, sem querer viver, eu sabia tudo o que havia acontecido e o que você estava a fazer sem me dizer... Calei-me, engoli o choro, soube de outro alguém antes de você me esclarecer. Eu vi meu querido, suas declarações, seus versos, sabia das suas ligações... Mas me calei, para não perder o que eu ainda queria ter de você. Deus sabe o quanto pedi para você falar comigo, quando lembro me dói o peito morto.

Tu não sabia mais o que dizer para mim, estava confuso, o seu silêncio me fazia mal por saber que as tuas palavras eram disperdiçadas com alguém que eu não soube a existência até certo ponto.
Me doeu, por você não notar minha presença naqueles dias, tudo que escrevi aqui foi para ti, na esperança de fazer tu perceber que és tão importante para mim.

Ajude-me a esquecer o que eu vi, aquilo que ficou gravado em mim, aquelas fotos na mente... Me ajude... Porque sozinha eu não consigo, cure minhas mágoas mesmo que você mesmo tenha as feito, eu curarei as tuas que eu fiz, te abraçarei até este mês de Janeiro acabar, meu querido.
Eu quis te dizer estas palavras mas eu já não estava neste teu roteiro, nesta tua caminhada, então dormi para fugir e me feri por entre as matas desta montanha irregular.

Terrível mês de Janeiro!

Então meu Caro, me refugiei nestas palavras feias, tristes, nos livros, nas músicas... De nada adiantou, porque eu escrevia pra ti, somente pra ti e por ti.
Os livros que li eram seus, aqueles que você me deu.
As músicas que ouvi, são daquela banda que aprendi a gostar contigo.
Estes dias, estes versos, são a maior prova de amor que posso dar para ti.

Agora estou bem, mas esses fragmentos ainda voltam de vez em quando... Mas somem por entre a névoa rapidamente, quando estou ao teu lado. Apenas respire do meu ar e me deixe dizer à você todo dia que teu nome se resume a minha razão de viver, sofrer e querer respirar deste oxigênio infinito.





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